A Relevância da Sede em Foz do Iguaçu para a Reunião do G20: Itaipu e a Integração Energética em Foco

Radar Foz
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Das 13 cidades escolhidas pelo governo federal para sediar as reuniões do G20, Foz do Iguaçu, no Paraná, é a única que não é uma capital. Os encontros, que reúnem representantes das maiores economias do mundo, ocorrerão até novembro em várias localidades do Brasil.

Situada no extremo oeste do Paraná, Foz do Iguaçu receberá a partir desta segunda-feira (30) as reuniões do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20. A cidade foi selecionada por sua relevância na "integração energética entre países", sendo a única não-capital entre as cidades anfitriãs no Brasil.

A localização estratégica de Foz, na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, é um dos fatores que destacam a cidade. Além das famosas Cataratas do Iguaçu, consideradas uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, Foz abriga a Usina Hidrelétrica de Itaipu, uma das maiores do mundo e uma importante fonte de energia renovável.

Durante a semana, até sexta-feira (4), as discussões focarão na transição do uso de combustíveis fósseis para fontes de energia renováveis. O G20 é composto por ministros da Economia e presidentes dos Bancos Centrais de 19 países, incluindo potências como Estados Unidos, China, Alemanha e Brasil, além de entidades como a União Europeia e a União Africana.

A escolha de Foz do Iguaçu também se deve à presença da Itaipu Binacional, responsável por cerca de 10% da energia consumida no Brasil e 88% no Paraguai, além de preservar mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica. O diretor-geral da margem brasileira da usina, Enio Verri, enfatizou a relevância de Itaipu na discussão sobre energia limpa e acessível, mencionando também o potencial da empresa em promover alternativas energéticas, como biomassa e energia solar.

O historiador Micael Alvino da Silva, que estudou a relação de Foz do Iguaçu com seus vizinhos, destacou que o debate sobre transições energéticas é oportuno, considerando que a região abriga uma usina de energia renovável. Ele ressaltou que, enquanto apenas 20% da energia consumida nos EUA é renovável, na América do Sul, cerca de 70% é proveniente de fontes renováveis, com Itaipu sendo um exemplo significativo.

Além da sua importância energética, Foz do Iguaçu se destaca pelo turismo, atraindo visitantes com suas belezas naturais e infraestrutura. A cidade possui cerca de 170 hotéis e pousadas, oferecendo mais de 28 mil leitos e 30 espaços para eventos. Durante a realização das reuniões do G20, a movimentação econômica deve alcançar aproximadamente R$ 7,5 milhões.

Essas características não apenas reforçam a relevância dos debates sobre energia, mas também visam fomentar o turismo e fortalecer relações culturais e bilaterais durante o período em que o Brasil ocupa a presidência do G20, de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024. O historiador acrescentou que Foz do Iguaçu se posiciona como um destino ideal para eventos de grande porte, algo que muitas cidades menores no interior do Brasil não podem oferecer.

A seleção das cidades-sede reflete um esforço para descentralizar as atividades do G20, tornando o fórum mais acessível e representativo. Ao longo do seu ano de presidência, o Brasil tem se concentrado em três temas principais: desenvolvimento sustentável, reforma das instituições multilaterais e combate à fome, à pobreza e à desigualdade.

As cidades escolhidas para sediar as reuniões do G20 no Brasil em 2024 incluem:

  • Brasília (DF)
  • Belém (PA)
  • Belo Horizonte (MG)
  • Fortaleza (CE)
  • Foz do Iguaçu (PR)
  • Maceió (AL)
  • Manaus (AM)
  • Porto Alegre (RS)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • São Paulo (SP)
  • Salvador (BA)
  • São Luís (MA)
  • Teresina (PI)


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