De acordo com agências de notícias locais, o número de vítimas fatais pode continuar a subir. A agência estatal Xinhua informou que 130 pessoas ficaram feridas, algumas das quais ainda estão presas sob os escombros de edifícios que desabaram. Mais de mil casas foram destruídas pelo tremor, e os esforços de resgate seguem em andamento. As autoridades locais também relataram danos significativos em várias infraestruturas, incluindo rodovias e prédios.
O Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS) registrou a magnitude do terremoto como sendo 7,1, um valor superior ao registrado pela Agência de Sismologia da China. O tremor foi sentido com intensidade em várias regiões, mas a identidade das vítimas ainda não foi divulgada, e não se sabe se há estrangeiros entre os mortos.
A área próxima ao Everest, que é um destino turístico popular, teve suas zonas de visitação fechadas como medida de precaução. Embora o período do ano não seja ideal para escaladas – com a temporada de alpinismo no Everest já praticamente encerrada – um alpinista alemão, que estava em uma das bases do monte, conseguiu deixar o local após ser incapaz de alcançar o topo devido ao tempo severo e às dificuldades provocadas pelo tremor.
Destruição e dificuldades adicionais
Imagens divulgadas pela CCTV, a estatal chinesa, mostram o cenário de destruição, com paredes de casas destruídas, pedras bloqueando estradas, veículos soterrados e pessoas correndo para se proteger durante o tremor. O impacto do terremoto não se limitou à área imediata, já que tremores foram sentidos também em outros países vizinhos, como o Nepal, a Índia e o Butão. Embora não tenham sido registrados danos significativos em grandes cidades, como Katmandu (Nepal), Bihar (Índia) e Thimphu (Butão), muitas vilas remotas nos arredores do epicentro sentiram o impacto.
Além disso, a região afetada enfrenta desafios adicionais, com o clima severo agravando as condições de vida para os moradores. As temperaturas diurnas podem variar entre -8°C e -18°C durante a noite, tornando as condições ainda mais difíceis para as equipes de resgate e para as populações atingidas.
Ação de resgates e mobilização de ajuda
Em resposta ao desastre, o presidente chinês, Xi Jinping, anunciou que mais de 1.500 bombeiros foram enviados para a região afetada, acompanhados por kits de ajuda humanitária. A mobilização de recursos e equipes de resgate segue intensa, com esforços para salvar pessoas ainda presas e garantir o fornecimento de suprimentos básicos às áreas mais atingidas.
Histórico sísmico da região
A região do Himalaia, onde ocorreu o terremoto, está localizada em uma área de intensa atividade sísmica, na linha de contato entre as placas tectônicas indiana e eurasiática. Isso torna a região vulnerável a terremotos devastadores. Um histórico de tragédias na área inclui o tremor de 2015, que matou quase 9.000 pessoas no Nepal e causou danos catastróficos na região, além de deixar 22.000 feridos e mais de 500.000 residências destruídas. Recentemente, em 2023, um terremoto de magnitude 6,2 na província de Gansu, na China, deixou 148 mortos.
O maior desastre sísmico da China aconteceu em 2008, quando um terremoto de magnitude 7,9 na província de Sichuan matou 87.000 pessoas e causou danos incalculáveis, tornando-se um dos mais graves da história do país.
O terremoto no Tibete causou uma grande tragédia, afetando tanto a população local quanto os turistas na região próxima ao Monte Everest. Embora os esforços de resgates estejam em andamento, a destruição nas áreas atingidas é significativa, e o clima rigoroso pode dificultar ainda mais a recuperação. A tragédia serve como um lembrete da constante vulnerabilidade da região do Himalaia, que permanece suscetível a eventos sísmicos devastadores devido à sua localização geológica.
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