Desde agosto de 2024, quando começou o atual ano epidemiológico, as equipes da Vigilância Epidemiológica estão monitorando atentamente todos os casos notificados no Sistema de Informação Nacional (SINAN). As notificações, que chegam tanto das unidades de saúde como dos hospitais locais, são acompanhadas de perto, permitindo uma resposta rápida e eficiente. Até o momento, Foz do Iguaçu registrou 4.657 casos notificados, com 344 confirmados e 2.823 descartados. Os outros casos estão em análise, aguardando resultados de exames do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
De acordo com os dados mais recentes, apresentados no boletim de 6 de janeiro de 2025, as mulheres são a maioria entre os casos confirmados, e a faixa etária mais afetada está entre 20 e 34 anos. Esse público, composto principalmente por trabalhadores que estão em constante deslocamento, tem maior exposição ao mosquito transmissor. O Distrito Sanitário Leste é a área com o maior número de casos, mas a doença já está presente em todos os distritos da cidade.
Priscila Paiva Cabral, enfermeira da Vigilância Epidemiológica, destaca a importância da integração entre os serviços de saúde para garantir um atendimento adequado aos pacientes graves. "Temos planilhas compartilhadas entre as equipes de vigilância e os hospitais, o que nos permite monitorar de forma mais eficaz os pacientes internados com suspeita de dengue, possibilitando uma resposta mais rápida e coordenada", explica.
Além do monitoramento constante, o município realiza reuniões periódicas do Grupo de Trabalho (GT) de Dengue e Arboviroses, que reúne coordenadores, diretores e profissionais de saúde para planejar as ações de enfrentamento. O Comitê de Dengue, que se reúne mensalmente, também tem sido fundamental na definição de estratégias de combate e no acompanhamento das ações de controle da doença.
Capacitação contínua dos profissionais de saúde
A capacitação dos profissionais de saúde é uma das frentes essenciais no combate à dengue. Em outubro de 2024, a Prefeitura realizou treinamentos com multiplicadores de serviços públicos e privados, com o objetivo de reforçar o manejo clínico das arboviroses, sensibilizar sobre a importância da notificação de casos suspeitos e garantir o acompanhamento adequado dos pacientes. Priscila afirma que essa capacitação será intensificada ao longo de 2025, a fim de assegurar um atendimento de qualidade para todos os cidadãos.
Esses treinamentos seguem as orientações do Guia de Manejo Clínico da Dengue, elaborado pelo Ministério da Saúde, e buscam uniformizar os procedimentos de atendimento nas unidades públicas e privadas de saúde. Além disso, o município também está investindo na vacina contra a dengue, que está sendo aplicada em adolescentes de 10 a 14 anos, conforme as diretrizes nacionais de imunização.
Controle do vetor e a importância da colaboração da comunidade
Outro pilar fundamental na luta contra a dengue é o controle vetorial. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Foz do Iguaçu realiza visitas frequentes às residências para orientar a população sobre como eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Além disso, mutirões de limpeza são organizados em áreas estratégicas para remover potenciais criadouros.
Priscila reforça a necessidade de colaboração ativa da comunidade: "O combate à dengue não é responsabilidade apenas das autoridades, mas de todos. Nossa equipe trabalha de forma contínua para sensibilizar os moradores sobre a importância de eliminar os focos do mosquito e evitar a proliferação da doença", afirma.
Investimentos em tecnologia e vigilância contínua
A Prefeitura também está apostando no uso de tecnologias avançadas para aprimorar o monitoramento dos casos e a análise dos dados epidemiológicos. Com o apoio de ferramentas digitais, as equipes de saúde podem responder de forma mais rápida e eficiente, ajustando as estratégias à medida que novos casos surgem. O objetivo é consolidar um sistema de vigilância robusto e eficiente, que permita uma resposta imediata e minimize o impacto das arboviroses na saúde pública.
A constante atualização do boletim epidemiológico e as medidas de prevenção e controle refletem o compromisso da gestão municipal em proteger a saúde dos cidadãos. A vigilância constante, a capacitação dos profissionais e o engajamento da comunidade são fundamentais para conter a propagação da dengue e outras doenças relacionadas.
Nos próximos dias, a eficácia dessas ações será crucial para avaliar os resultados e ajustar as estratégias de enfrentamento da doença. A prevenção continua sendo a melhor forma de proteger a população e evitar que Foz do Iguaçu enfrente um aumento ainda maior no número de casos.
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