Itaipu emite esclarecimento sobre suposta dívida de R$ 333 milhões atribuída à empresa

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Em nota divulgada nesta quinta-feira (26), a Itaipu Binacional se pronunciou sobre a repercussão de notícias publicadas por veículos de comunicação nacionais, que indicavam um suposto rombo financeiro de R$ 333 milhões na empresa. Segundo a hidrelétrica, o valor mencionado na imprensa resulta de uma interpretação equivocada sobre uma conta de comercialização de energia, que, embora tenha o nome de "Itaipu", não é gerida pela binacional.

A Itaipu Binacional ressaltou que não existe nenhum débito nas suas contas e que as informações divulgadas são fruto de uma falha de entendimento em relação à estrutura da "Conta de Comercialização da Itaipu". A conta, que leva o nome da usina, não é administrada pela empresa, mas sim regulada e fiscalizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A confusão decorre de uma interpretação sobre o "Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade de Itaipu" (Cuse), que é fixado pela própria Itaipu a partir de um acordo entre o Brasil e o Paraguai. Esse custo faz parte de um processo de comercialização da energia gerada pela hidrelétrica.

De acordo com a binacional, a "Tarifa de Repasse de Itaipu", que é cobrada das distribuidoras, não se limita a este valor, e a suposta dívida mencionada nos noticiários se refere a outros componentes financeiros que não estão sob o controle da Itaipu. Esses elementos não fazem parte do orçamento da empresa e são atribuídos a outros fatores externos à sua gestão.

Aporte financeiro para manter tarifas

A Itaipu ainda reforçou que, como parte de um entendimento entre Brasil e Paraguai firmado em abril de 2024, a empresa se comprometeu a realizar aportes na "Conta de Comercialização da Itaipu", com o objetivo de manter a tarifa de repasse aos consumidores brasileiros em US$ 17,66/kWh/mês, valor mantido desde 2023. Para isso, a Itaipu estabeleceu os seguintes aportes financeiros: US$ 301,1 milhões para 2024, US$ 293,8 milhões para 2025 e US$ 285,8 milhões para 2026. Esses valores fazem parte do planejamento da empresa para garantir a estabilidade e a modicidade tarifária no setor elétrico.

Apoio à sustentabilidade e à modernização tecnológica

Além de esclarecer a situação financeira, a Itaipu também destacou suas ações voltadas para a preservação ambiental e a sustentabilidade. A empresa tem se empenhado em mitigar os impactos causados pela formação de seu reservatório, realizando importantes projetos como o plantio de mais de 28 milhões de árvores nativas, a recuperação de mais de 9 mil nascentes de água e a preservação de diversas espécies de fauna silvestre, incluindo algumas ameaçadas de extinção.

Outro aspecto destacado foi o investimento em modernização tecnológica, que inclui melhorias nos sistemas de controle e proteção das 20 unidades geradoras de energia, das subestações, das comportas do vertedouro e da barragem. Esses investimentos somam R$ 3,4 bilhões e têm como objetivo aumentar a eficiência e segurança da usina.

Compromisso com a transição energética

A Itaipu Binacional também se posiciona como uma das líderes globais na transição energética. A empresa investe constantemente em pesquisa e desenvolvimento de fontes de energia renováveis, além da hidroeletricidade, incluindo biogás, hidrogênio de baixo carbono e energia fotovoltaica. Em 2023, por meio de suas áreas de proteção ambiental e refúgios biológicos, a Itaipu conseguiu fixar 3.515.625 toneladas de CO2 e evitar a emissão de 1.967,75 toneladas de CO2, resultando em um saldo positivo de aproximadamente 3 milhões de toneladas de CO2 evitadas na atmosfera.

A Itaipu Binacional reiterou seu compromisso com a transparência e está disponível para fornecer mais informações sobre os temas que envolvem sua atuação no setor elétrico brasileiro.

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