A vazão das Cataratas do Iguaçu, uma das principais atrações turísticas da fronteira entre o Brasil e a Argentina, atingiu níveis impressionantes neste domingo (8), devido às fortes chuvas que atingiram a região do Paraná nas últimas horas. Com um volume de água quase cinco vezes superior ao normal, o fenômeno gerou preocupação, mas também revelou a força impressionante da natureza.
De acordo com a estação de monitoramento da Copel, instalada dentro do Parque Nacional do Iguaçu, a vazão das Cataratas começou o dia com cerca de 1,5 milhão de litros de água por segundo, que já era considerado acima da média para a temporada. No entanto, a partir do meio-dia, o volume de água começou a aumentar consideravelmente, chegando a ultrapassar 7,1 milhões de litros por segundo no final da tarde. Esse volume é quase cinco vezes superior à vazão normal da região, que gira em torno de 1,5 milhão de litros por segundo.
Causas e Consequências da Alta Vazão
A principal razão para esse aumento extraordinário na vazão é a forte chuva que caiu sobre a bacia hidrográfica do rio Iguaçu, responsável por alimentar as Cataratas do Iguaçu. Esse fenômeno climático fez com que os níveis dos rios subissem rapidamente, impactando diretamente o fluxo das quedas d’água.
A situação gerou uma série de medidas preventivas para garantir a segurança dos visitantes e preservar o ecossistema local. A alta vazão, especialmente no final da tarde de domingo, se aproximou dos níveis recordes registrados em 11 de novembro de 2023, quando a vazão alcançou cerca de 9 milhões de litros de água por segundo. Essa quantidade impressionante de água foi suficiente para forçar a interdição da passarela que leva os turistas até a Garganta do Diabo, uma das principais quedas do conjunto das Cataratas. Esse tipo de interdição é uma medida de segurança adotada pelas autoridades do Parque Nacional do Iguaçu sempre que a vazão atinge níveis perigosos.
Histórico de Cheias e Interdições
Vale destacar que a cheia deste domingo, apesar de impressionante, não foi a maior registrada nos últimos anos. Em outubro e novembro de 2023, as Cataratas do Iguaçu passaram por uma cheia histórica, com o rio Iguaçu atingindo uma vazão de 24 milhões de litros de água por segundo – um número 16 vezes superior à média normal. Na ocasião, a força da água danificou a passarela do lado argentino das Cataratas, exigindo um trabalho intensivo de recuperação.
A cheia histórica de 2023 também resultou na segunda interdição das passarelas no mesmo período, devido ao risco representado pelas enormes quantidades de água que desciam pelas quedas. A recuperação dos danos causados pela cheia exigiu grande empenho das autoridades e equipes de manutenção, além de um planejamento cuidadoso para garantir a segurança dos visitantes e a preservação das estruturas turísticas.
Impactos no Turismo e Medidas de Segurança
As autoridades do Parque Nacional do Iguaçu e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão do parque, alertaram que as medidas de segurança continuam sendo monitoradas e ajustadas conforme a evolução dos níveis de água. O objetivo é garantir que os turistas possam desfrutar da beleza natural das Cataratas com segurança, mas sem comprometer o meio ambiente ou a integridade das instalações.
Além disso, especialistas apontam que, embora as fortes chuvas e a alta vazão possam causar danos temporários às infraestruturas turísticas, elas também revelam a grandiosidade das Cataratas do Iguaçu e sua capacidade de gerar fenômenos naturais de impacto mundial. A força das quedas d’água, em sua expressão máxima, reforça a importância de preservar a região, que é um Patrimônio Natural da Humanidade e um dos destinos turísticos mais visitados do Brasil.
Projeções para os Próximos Dias
Embora a previsão seja de que a vazão comece a reduzir nos próximos dias, as autoridades continuam monitorando a situação de perto. O cenário atual serve como um lembrete da importância da gestão das águas da bacia do rio Iguaçu, não apenas para a segurança de quem visita o parque, mas também para a proteção do ecossistema local, que depende do equilíbrio dos níveis de água para manter sua biodiversidade.
Enquanto o nível das águas permanece elevado, o Parque Nacional do Iguaçu segue atento às condições climáticas, tomando as ações necessárias para evitar maiores impactos. O turismo nas Cataratas do Iguaçu segue suspenso em áreas de risco, mas o atrativo continua sendo um exemplo da força da natureza e da necessidade de preservação ambiental.
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