A construção da maior unidade alfandegária em porto seco da América Latina está prestes a iniciar no próximo mês na cidade de Foz do Iguaçu (PR), situada na fronteira tríplice com o Paraguai e Argentina. Prevê-se que a primeira fase seja concluída até o final de 2025.
De acordo com Djalma Vilela, presidente da Multilog, operadora de logística integrada, essa fase da estrutura será finalizada simultaneamente à construção da Perimetral Leste, que proporcionará acesso à segunda ponte entre Brasil e Paraguai. A Ponte da Integração, concluída em dezembro de 2022, permanece inativa devido à necessidade da infraestrutura de apoio, como a perimetral, para desviar o tráfego de caminhões da região central de Foz do Iguaçu em direção à nova travessia.
O novo porto seco receberá investimentos de R$ 500 milhões e substituirá a estrutura atual localizada no perímetro urbano da cidade, inaugurada na década de 1980. Esta estrutura existente recebe cerca de 200 mil caminhões por ano, aproximadamente 550 veículos diariamente, de forma limitada. A nova unidade terá capacidade para receber mil caminhões por dia, totalizando 365 mil veículos anualmente.
Na semana passada, uma cerimônia em Foz do Iguaçu marcou o início dos trabalhos programados para o próximo mês. O novo porto seco será situado às margens da BR-277, afastado da área urbanizada, e segundo Vilela, impulsionará as atividades de movimentação de cargas na região de tríplice fronteira, facilitando o comércio exterior e gerando mais de 3 mil empregos diretos e indiretos.
Segundo o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), o novo porto seco é essencial para consolidar o estado como um hub logístico na América do Sul. A Receita Federal informou que o porto seco existente movimentou US$ 6,5 bilhões em 2022, atingindo US$ 6,7 bilhões em 2023, aproximadamente R$ 33,5 bilhões, com US$ 3,9 bilhões em exportações e US$ 2,7 bilhões em importações.
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