Com o nível acima dos 5 metros, o Guaíba retoma seu avanço sobre as ruas, forçando a evacuação de residências no dia mais frio do ano em Porto Alegre.

Radar Foz
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O nível do Guaíba atingiu 5,20 metros nesta manhã de terça-feira (14), causando novas inundações em diversas ruas de Porto Alegre, incluindo o bairro Lami, na Região Sul da cidade. Em meio ao período mais frio do ano, os moradores enfrentam água gelada que já alcança a altura da canela, levando muitos a abandonar suas residências. O total de desabrigados na Capital já ultrapassa 14 mil pessoas.

No dia anterior (13/05/2024), o Guaíba voltou a ultrapassar os 4,76 metros da enchente histórica de 1941. Durante a tarde, o nível do lago já havia excedido os 5 metros, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). O Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) projeta que o nível máximo do Guaíba possa chegar a cerca de 5,50 metros nesta terça-feira, superando o recorde estabelecido na semana passada, de 5,35 metros.

Em resposta à situação crítica, a Prefeitura de Porto Alegre ergueu uma barricada improvisada em frente à Usina do Gasômetro, no centro da cidade, para conter o avanço das águas do lago. As barreiras, compostas por dois andares de sacos de areia, têm 1,80 metro de altura e estão localizadas na Avenida Presidente João Goulart e na Rua General Salustiano.

A situação dos rios também preocupa, com o governo do estado alertando para elevações rápidas nos rios Caí e Taquari, que eventualmente atingirão a cota de inundação e contribuirão para o aumento do nível do Guaíba. Além disso, os rios da Região Metropolitana continuam a subir, com o Sinos e o Gravataí já ultrapassando a cota de inundação em São Leopoldo e na cidade que leva o nome do rio, respectivamente.

A Lagoa dos Patos também está em níveis elevados, com previsão de aumento nos próximos dias. Enquanto isso, o estado enfrenta uma tragédia, com 147 mortes registradas desde o final de abril, além de 127 desaparecidos e 806 feridos. Mais de 615 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas, exigindo uma resposta rápida e eficaz das autoridades.

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