Justiça marca audiência dia 1º para tratar da greve do transporte coletivo

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A Justiça Regional do Trabalho marcou para a próxima quinta-feira (1º de julho), uma nova audiência de conciliação para tentar pôr fim à greve dos trabalhadores do transporte coletivo de Foz do Iguaçu. A mobilização, que já dura dois meses e meio, é a mais longa da história do município. A categoria pede a renovação dos acordos trabalhistas 2020/2021 e 2021/2022 com reposição salarial e reescalonamento da dívida das empresas até maio do próximo ano.
A nova audiência de conciliação, a terceira desde o início da greve, será online a partir das 10h30. A reunião atende um pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT). Estão convocados o Sindicato dos Trabalhadores e Transporte Rodoviário de Foz do Iguaçu (Sitrofi), Consórcio Sorriso e Prefeitura, que concede a exploração do serviço à iniciativa privada e figura na ação como terceira parte interessada.
Os trabalhadores do transporte coletivo cruzaram os braços no dia 13 de abril, para a mais longa paralisação na história da categoria, superando a de 1989, que durou 29 dias. Logo após o início da mobilização, o desembargador do TRT, Célio Waldraff, promoveu a primeira audiência, que terminou sem uma solução para o impasse.
No dia 22 de abril, em razão dos transtornos aos usuários do sistema, o TRT determinou ao Sitrofi a manutenção da circulação de ônibus com frota reduzida - 60% das 5h às 9h e das 17h às 20h, e de 40% de todos os motoristas e cobradores nos demais horários, sob pena de multa de R$ 40 mil por dia.
Na liminar, o desembargador Célio Waldraff também determinou que o sindicato se abstenha de qualquer ato que impeça o exercício da atividade. Ao consórcio, que classificou a greve como "injustificada", ficou determinado a liberação do quantitativo de veículos necessários à prestação de serviços, sob pena de multa de R$ 40 mil por dia.

Negociação
Na audiência, o Sitrofi vai apresentar a proposta de renovação dos acordos trabalhistas de 2020/2021 que dá 2,05% e 2021/2022 que dá 8,90% e reescalonar a dívida das empresas das cestas básicas e dos salários atrasados até maio do ano que vem. "A perda salarial da categoria é de aproximadamente 20%", diz o presidente Dilto Vitorassi.
O transporte coletivo urbano de Foz do Iguaçu, de acordo com o presidente do Sitrofi, entrou em colapso. Para se chegar a um acordo, as empresas dizem que depende de contrapartida do poder público pelos desequilíbrios no contrato. A Prefeitura alega que não tem como repassar recursos.
No dia da paralisação, 70 ônibus estavam operando o serviço, devido a pandemia covid-19. Antes eram de 158 veículos. O transporte coletivo de Foz do Iguaçu, cujo contrato foi firmado em 2010, é constantemente alvo de reclamações.
No ano passado, com o início da pandemia e a redução de passageiros devido a suspensão das atividades comerciais não essenciais, houve uma redução da frota. Após a reabertura, o serviço voltou, mas com frota reduzida. Em dezembro do ano passado, o município decretou a intervenção da operação do serviço, que durou até o início do ano.

Fonte Gdia
Foto: Roger Meireles

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