Vacinação em Foz do Iguaçu pode reduzir em R$ 18,5 milhões os custos com UTIs-Covid

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A vacinação contra a Covid-19 em Foz do Iguaçu, considerando-se a finalização das fases 1 e 2 da campanha, pode levar a uma redução de 80% no número de óbitos e de 60% nas internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Os custos com UTIs teriam uma redução na ordem de R$ 18,5 milhões pelos próximos seis meses, valor que poderia comprar 370 mil doses de vacina (R$ 50 por dose), o suficiente para imunizar 3/4 da população do município (duas doses por pessoa). Essas estimativas fazem parte de um estudo desenvolvido pelo Grupo de Projeções da UNILA, que desde abril do ano passado vem coletando dados e analisando o cenário da pandemia na cidade.


Os valores levam em consideração que as internações por Covid em UTIs e as mortes pela doença atingem, majoritariamente, pessoas com mais de 60 anos, alvos das duas primeiras fases do Plano Municipal de Imunização, que teve início em 20 de janeiro. O Plano Municipal de Imunização prevê a vacinação de cerca de 15% da população (40 mil a 46 mil pessoas) em três fases vacinais: Fase 1 - idosos com mais de 75 anos (4 mil a 6 mil pessoas); Fase 2 - idosos com mais de 60 anos (16 mil a 24 mil pessoas); e Fase 3 - portadores de morbidades (8,5 mil a 12,7 mil pessoas). O estudo completo poder ser acessado em http://bit.ly/uti_covid


O estudo estima que as internações devam crescer num ritmo 60% menor a partir da vacinação, comparando-se com as registradas entre 20 de dezembro e 20 de janeiro (data do início da vacinação), quando Foz do Iguaçu totalizava 21 mil casos de Covid e 319 óbitos. “Nós sabemos que 80% das mortes por Covid são de idosos, mas não temos os dados de quantos idosos estão na UTI, porque também há internados de outras faixas etárias. Por isso a estimativa de 60%, que é uma estimativa mais conservadora. Mas essa economia pode ser maior, inclusive”, explica o professor Ricardo Hartmann, responsável pelo estudo juntamente com os docentes Flávia Trench, Kelvinson Viana e Elaine Della Justina Soares. “Com esse estudo, queremos estimular as pessoas a se vacinarem e, inclusive, cobrarem o poder público. Queremos trazer mais dados para ajudar nessa discussão, trazendo parâmetros científicos e mostrando o resultado do acompanhamento que a gente tem feito.”


AI Unila

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