Trabalhadores suspendem a greve e ônibus voltam a circular em Foz

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Os trabalhadores do transporte coletivo urbano decidiram, nesta quarta-feira (16), pela suspensão da greve pelo atraso no pagamento de benefícios e a renovação do Acordo Coletivo do Trabalho (ACT). A intenção é dar prazo para a Câmara votar projeto da Prefeitura, que abre crédito para pagar a categoria. O consórcio que opera o serviço enviou proposta reajuste da tarifa, propondo 13% a menos com o fim dos cobradores.


A greve dos trabalhadores do transporte coletivo teve início às 8h da manhã de terça-feira (15). Mesmo com a paralisação, a categoria manteve a circulação dos ônibus nos horários de pico - das 6h às 8h e das 18h às 20h. A Justiça notificou ontem o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, para manter parte da frota em operação, para não prejudicar a população.


A Prefeitura decretou a intervenção do serviço no dia 2 de dezembro, em função de que as empresas não estariam cumprindo cláusulas do contrato, para pôr mais ônibus e evitar a superlotação dos mesmos. Antes da pandemia, circulavam 135 ônibus para atender em média 60 mil pessoas. Até a interdição, o consórcio disponibilizava 73 ônibus para atender 27 mil passageiros. 


O presidente do Sindicato, Dilto Vitorassi, explicou à imprensa que, ou os trabalhadores cumpriam a medida judicial, que 

estabelece algo muito semelhante ao que foi feito durante a greve, priorizando o transporte nos horários de pico, ou dava um voto de confiança ao interventor. 


"Nós achamos que é melhor, ao invés de ter uma equipe aqui que segura, filtra se tem 50%, 100% da frota e a culpa recaia sobre o Sindicato, convencemos os trabalhadores que é melhor trabalhar com a frota total", informou Vitorassi. Que completou: "Decidimos dar um voto de confiança ao interventor e voltar a fazer esta análise na terça (22)".


Providências


No projeto enviado à Câmara, o interventor Rafael Carbonera ressalta que a abertura do crédito adicional ao orçamento do município vai permitir o pagamento do saldo de valores da cesta básica da empresa Transportes Urbanos Balan (faltam 30%) e o pagamento integral do 13º salário - 1ª parcela das empresas Viação Cidade Verde e Expresso Vale do Iguaçu e a 2ª parcela, ambas no dia 20 de dezembro, quando vence o benefício.


"O pagamento está condicionado à aprovação da Câmara de Vereadores", informa o documento enviado à categoria. Na manifestação, o interventor também assume o compromisso de recolocação, de imediato, dos 16 cobradores com contrato suspensos da Balan e de 14 cobradores, a partir do dia 02 de janeiro de 2021, para totalizar 30 trabalhadores e voltar o pagamento da passagem em dinheiro.


"Após a adequação da estrutura dos funcionários e escritórios", diz Carbonera. Por fim, o documento ressalta que a contrapartida do Sindicato é liberar os motoristas para o recebimento imediato de recursos, "sem receber adicional por 60 dias. Após a adequação da estrutura dos veículos, funcionários e escritório", completa.


Fonte; GDia

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