Carne vermelha mais barata e peixes em alta nos supermercados de Foz do Iguaçu

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Os iguaçuenses pagaram, no mês de fevereiro, 1% a mais nos produtos da cesta básica com relação ao mês anterior. Entre os itens com maior variação positiva estão os pescados, que registraram aumento de 11,3% nos preços. Por outro lado, o preço das carnes recuou após quatro meses consecutivos de aumento. Os dados foram divulgados no boletim mensal do Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon) da UNILA.

De acordo com a pesquisa, a diminuição das exportações para a China, devido ao novo coronavírus, impactou diretamente no preço da carne. Em Foz do Iguaçu, destaca-se a queda de 14,4% no preço da alcatra, de 8,7% no preço do lagarto comum, de 5,3% no valor do músculo e de 21,9% no preço da carne de porco. Outra proteína que também está mais barata é o frango, com redução de 1,4%. Já o frango em pedaços apresentou queda de 11,2%. Em compensação, o preço dos ovos aumentou 12,5%.

As frutas em geral apresentaram um aumento de 8,4%, principalmente pela alta de 32,2% no preço da banana-caturra, de 18,1% no preço da laranja e de 12,1% no preço da uva. Já o limão apresentou queda de 18,6% e a maçã diminuiu 4,1%. Entre os principais fatores para o aumento no preço das frutas estão as chuvas do começo do mês e o alagamento na Ceagesp – principal ponto de venda no país –, o que provocou descarte de frutas.

Entre as hortaliças e verduras, destaca-se a queda de 16,2% no preço da alface e de 17,1% no preço do cheiro-verde. Já o preço da couve aumentou 24,8% e o do repolho, 33,4%. Entre os tubérculos, raízes e legumes, o destaque está na queda de 18,3% no preço da batata e no aumento de 6,9% no preço do tomate. “No caso do tomate, a expectativa é de redução nos preços nas próximas semanas, uma vez que a safra de verão atingiu seu pico”, explica o coordenador da pesquisa, professor Henrique Kawamura.

Nova composição da cesta básica

O Cepecon atualizou a cesta básica utilizada de referência para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor de Foz do Iguaçu (IPC-Foz). A partir do mês de fevereiro, são utilizados os dados da nova Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), de 2018, mesma estrutura de peso da cesta básica utilizada pelo IBGE para cálculo da inflação. “Ressalta-se que a pesquisa POF anterior foi realizada em 2008-2009 e, após quase dez anos sem atualização, era esperado que os hábitos de consumo se alterassem. Por isso, todas as taxas de inflação calculadas pelo IBGE tiveram sua cesta atualizada em janeiro de 2020”, salientou Kawamura.

Com a mudança, o projeto IPC-Foz vai passar a pesquisar a variação de preços de mais produtos de alimentação, higiene pessoal e limpeza, que foram incluídos nos hábitos de consumo dos brasileiros nos últimos dez anos. Entre os novos itens, estão macarrão instantâneo, leite fermentado, suco em pó, sopa desidratada, algumas frutas e legumes (pepino, couve, limão, manga e uva), fralda descartável, desodorante, produtos para a pele e produtos de higiene bucal, entre outros.


Fonte: Assessoria


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