Ações de inteligência e aplicação de efetivos das polícias
Militar e Civil estão sendo maciços na Costa Oeste do Paraná desde o dia 21 de
dezembro, início das atividades do Verão Maior, do Governo do Estado. O reforço
é por conta da temporada de verão e também para fechar a fronteira contra a
entrada de ilícitos, foragidos da justiça e para coibir crimes
transfronteiriços. Em 30 dias de ação (até 21 de janeiro de 2020), as
corporações fizeram 620 prisões, apreenderam mais de cinco toneladas de drogas,
204 mil pacotes de cigarros, além de apreender 85 armas, recuperar veículos e
abordar centenas de pessoas.
Os trabalhos reforçados iniciaram-se no dia 21 de dezembro,
para dar melhor atendimento aos moradores locais e turistas. Com a fuga de
detentos de uma penitenciária paraguaia na segunda semana de janeiro, a
Secretaria da Segurança Pública do Paraná convocou reuniões com as instituições
para criar planos de ação e evitar a entrada de foragidos pela Costa Oeste.
“Toda a segurança pública estadual foi mobilizada para
aplicar o máximo de efetivo, equipamentos, tecnologia e inteligência para
estabelecer uma barreira e impedir o acesso de foragidos e combater os crimes
nesta região que é muito extensa”, disse o secretário da Segurança Pública,
Romulo Marinho Soares. “Nossa prioridade é proteger o cidadão de bem com o uso
de inteligência, estratégia, boas práticas e muito trabalho”, completou.
Operação barreira - Por se tratar de uma região próxima a um
dos maiores centros comerciais do Paraguai, a Costa Oeste passou a ser palco de
ações das Polícias Militar e Civil. Pela primeira, foi desencadeada a Operação
Barreira, com todos as unidades operacionais para promover ações ostensivas com
abordagens, revistas, batidas policiais e fiscalizações de trânsito.
“O trabalho que nossos batalhões de área e os especializados
estão desenvolvendo no local, todos coordenados pelo 5º Comando Regional, estão
trazendo excelentes resultados na região, que é uma área importante e sensível
do Paraná. Levantamos os pontos suscetíveis e eles foram bastante reforçados
por nossas equipes por terra, ar e água”, destacou o subcomandante-Geral da PM,
coronel Antônio Carlos de Morais. “Nosso trabalho tem sido árduo, bem planejado
e estratégico na região, e também contamos com uma importante integração com
outros órgãos, pois o crime tenta se desviar por todos os lados e, juntos,
combatemos”, complementou.
Já a Polícia Civil lançou mão do serviço de inteligência e
da tecnologia através da troca de informações com agências de inteligência
estaduais, federais e de outros países para identificar e desarticular grupos
envolvidos com o crime organizado com uso de aeronave e abordagens.
“Os bons resultados alcançados pela Segurança Pública na
região de fronteira se devem basicamente a dois fatores: primeiro, a
intensificação das atividades de inteligência naquelas áreas e, segundo, à
implementação de protocolo de ações integradas, que, num nível operacional,
garantem que os diversos órgãos e forças de segurança federal, estadual e
municipal, trabalhem unidos e de forma coordenada contra o crime organizado. A
estratégia também é nossa grande aliada”, explica o delegado-geral da Polícia
Civil, Silvio Jacob Rockembach.
Cargas ilícitas - No começo do ano passado, um levantamento
técnico feito pela Polícia Civil apontou que, em média, cerca de 200 lanchas
saíam diariamente do Paraguai, passavam debaixo da ponte de Guaíra e entravam
no Paraná carregando as mais variadas cargas ilícitas. Pelo estudo da Polícia
Civil, passariam pela região 260 mil caixas ao longo dos 26 dias de operação,
que representam 130 milhões de maços de cigarros. Supondo que cada maço custe,
em média, R$ 5.00, o prejuízo aos contrabandistas chega a R$ 650 milhões.
Diante disso, as forças de segurança pública aplicaram todo
o esforço possível para fechar os acessos contra o crime organizado. Pelo ar, o
Grupamento de Operações Aéreas da Polícia Civil do Estado Paraná (GOA) e o
Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) estão prestando suporte
às equipes em terra e também fazendo reconhecimento de rotas clandestinas.
Nas matas e rios, o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron)
e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM, o Centro de Operações
Policiais Especiais (Cope) e Grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão
Especial (Tigre), ambos da Polícia Civil, reforçaram abordagens, fiscalizações
e outras ações ostensivas, incluindo ações nos portos clandestinos.
Verão maior - Assim como no Litoral, a região Oeste do
Estado também foi preparada para receber centenas de turistas nos pontos
turísticos, rios e lagos, e as famosas prainhas de água doce. Pela Polícia
Militar, foram destacadas equipes para fazer ações preventivas e guarda-vidas
pelo Corpo de Bombeiros nos pontos com maior concentração de veranistas para
fazer orientações e salvamentos em caso de afogamentos ou outros tipos de
acidentes. “Reforçamos o policiamento nas áreas de praias de água doce para
trazer mais tranquilidade às pessoas”, destaca o Coronel Morais.
A Polícia Civil está reforçando seus efetivos nas delegacias
para agilizar os atendimentos e procedimentos investigativos, permitindo mais
celeridade nos trabalhos de Polícia Judiciária, além de aplicar aeronave para
ações de fiscalização aérea nestas regiões e viaturas para operações pontuais.
“Nossas investigações foram intensificadas com o intuito de identificar e
prender pessoas envolvidas com o crime, pois desta forma, acreditamos,
contribuímos para as reduções da criminalidade de forma geral”, destaca o
delegado-geral, Silvio Jacob Rockembach.
Fonte: Assessoria
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