A margem brasileira da Itaipu Binacional destinou 87
toneladas de material reciclável (plástico e papel) para a Cooperativa de Agentes
Ambientais de Foz do Iguaçu (Coaafi), em 2019. Esse material representou uma
renda de aproximadamente R$ 35 mil para a entidade.
Rodrigo Cupelli, da Divisão de Educação Ambiental de Itaipu,
explicou que “a reciclagem é uma ação relacionada à sustentabilidade, que tem
impactos ambientais, econômicos e sociais”. Segundo ele, essa ação tem a
participação de diversas áreas da empresa e passa também pela destinação
correta de eletrônicos, óleos, resíduos de laboratórios e lixo hospitalar.
Para a Coaafi, o recurso obtido pelos materiais doados pela
Itaipu é muito bem-vindo e é empregado no pagamento de despesas operacionais,
como combustível, contador e outros serviços. No último mês de dezembro, a
cooperativa atingiu a meta de alcançar 100% das ruas de Foz do Iguaçu. A coleta
é feita com quatro caminhões próprios e oito da prefeitura.
Atualmente, a Coaafi conta com 117 catadores que atuam em
sete barracões. Um convênio com a Itaipu e a prefeitura prevê a construção de
dois novos barracões. Além da Itaipu, a Receita Federal, o aeroporto e órgãos
da prefeitura fazem a doação regular de materiais. Com isso, a cooperativa
reciclou mais de mil toneladas de materiais em 2019.
Na Itaipu, são separados cinco tipos de plásticos e três de
papel. Na Coaafi, o processo é refinado: são 17 tipos de plástico e sete de
papel. “Quanto mais a gente separa e classifica, mais agrega valor ao
material”, explica Anderson Cardoso Querino, responsável pela parte
administrativa da Coaafi.
Ele também responde pela logística da coleta, ou seja, pela
organização das rotas para o recolhimento do material. Formado como técnico em
meio ambiente, ele fez estágio na Central de Triagem da Itaipu, em 2008.
Segundo Querino, os materiais reciclados pela Coaafi tem uma
valoração média de 400 reais por tonelada. Com isso, os catadores obtém uma
renda média de R$ 1.200 por mês, mas, dependendo do volume de material e da
produtividade, já houve quem chegasse à renda de R$ 2.250 no mês (a Coaafi
segue o sistema do Movimento Nacional dos Catadores, que remunera por dia
trabalhado).
“Além disso, com o convênio da prefeitura, conseguimos
comprar uma grande quantidade de cestas básicas no atacado. Daí, o catador
recebe uma cesta bem maior do que receberia se fizesse a compra por conta
própria”, conta a presidente da Coaafi, Cleusa Cordeiro da Silva. Segundo ela,
a expectativa é que a cooperativa passe a ser contratada pela prefeitura, o que
poderia possibilitar ganhos ainda melhores para os catadores.
Fonte: Assessoria
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