A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
(SES-MG) investiga suspeita de coronavírus em Belo Horizonte. A paciente é uma
mulher, brasileira, de 35 anos, que veio de Xangai, na China.
Os exames capazes de confirmar ou descartar a
hipótese diagnóstica estão em andamento em laboratórios de referência. Em nota,
o Ministério da Saúde disse que, até o momento, não há detecção de nenhum caso
suspeito no Brasil de pneumonia "relacionado ao evento na China". A
pasta falou também que "o caso noticiado pela SES/MG não se enquadra na
definição de caso suspeito da Organização Mundial da Saúde (OMS)". O
ministério segue investigando o caso.
O que se sabe sobre a doença
O caso foi identificado nesta terça-feira (21) na
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A
paciente desembarcou na capital mineira no dia 18 de janeiro. Ela apresenta
sintomas respiratórios compatíveis com a doença respiratória viral aguda.
"Tendo em vista o contexto epidemiológico
atual do país onde a paciente esteve, foi considerada a hipótese de doença
causada pelo novo coronavírus, que é microorganismo de alerta sanitário
internacional, considerando o potencial pandêmico com alto risco à vida e
impacto assistencial", disse a nota da SES.
A mulher está internada no Hospital Eduardo de
Menezes, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. A paciente está clinicamente
estável e o caso segue em investigação.
Segundo a SES, a paciente não esteve na região de
Wunhan, megalópole de 11 milhões de habitantes, em que foram registrados os
primeiros casos de contaminação. Segundo a OMS, só há transmissão ativa do
vírus nesta província.
A paciente disse também que não teve contato com
pessoa sintomática na China. (leia nota na íntegra no fim desta reportagem)
Registros
Casos da doença já foram registrados em Macau, na
costa sul chinesa, e em vários outros países. Além da China, Estados Unidos,
Japão, Tailândia, Taiwan e Coreia do Sul já foram afetados pelo vírus, que
provoca um tipo de pneumonia. Há casos suspeitos no México, em Hong Kong, nas
Filipinas e na Austrália.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) se reúne
nesta quarta em Genebra, na Suíça, e pode decretar “emergência de saúde pública
de interesse internacional”.
Até o momento, a OMS usou essa denominação apenas
em casos raros de epidemias que exigem uma vigorosa resposta internacional,
como a gripe suína H1N1 (2009), o zika vírus ( 2016) e a febre ebola, que
devastou parte da população da África Ocidental de 2014 a 2016 e atinge a
República democrática do Congo desde 2018.
Sintomas e transmissão
Chamado de 2019-nCoV, o coronavírus causa febre,
tosse, falta de ar e dificuldade em respirar. É um tipo de pneumonia que é
transmitida de pessoa para pessoa.
Parece ser uma nova cepa de um coronavírus que
não havia sido previamente identificado em humanos — coronavírus são uma ampla
família de vírus, mas poucos deles são capazes de infectar pessoas.
O período de incubação e a origem do vírus ainda
não foram identificados. Porém, a fonte primária é provavelmente um animal, de
acordo com a OMS. As autoridades chinesas vincularam o surto a um mercado de
frutos do mar na cidade chinesa de Wuhan, onde os primeiros casos foram
registrados.
Fonte G1
Obrigado por comentar em nosso site, logo ele estará disponível para todos os usuários.