MPF reafirma que Reni Pereira era o chefe da organização criminosa

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O Ministério Público Federal concluiu as alegações finais da Operação Nipoti e reafirmou que o ex-prefeito Reni Pereira era o chefe da organização criminosa responsável pelo desvio de milhões de recursos do Município, denunciados na Operação Pecúlio/Nipoti.
O petardo do MPF chega dois meses após a Justiça Federal ouvir os 98 réus denunciados na operação. O processo é bastante robusto e os procuradores anexaram vídeos, fotos, documentos, manuscritos e grampos telefônicos, rebatendo alegações dos réus que juraram inocência perante a justiça.
“Conforme o arcabouço probatório, o réu Reni Clóvis de Souza Pereira era o líder da organização criminosa desmantelada pela Operação Pecúlio e desdobramentos”, dizem os procuradores no início das alegações.
“No caso de tais estruturas criminosas é usual a figura do autor intelectual, que elabora o plano delituoso a ser executado por membros em escala inferior, ou seja, planeja mentalmente a empreitada criminosa a ser executada por outras pessoas, possuindo poderes para controlar a prática do fato punível”, acrescentam.
Segundo os autos, a pena é agravada para que exerce o comando individual ou coletivo de uma organização criminosa. “Apesar de não executar pessoalmente todos os verbos núcleos dos tipos a ele imputados, Reni Pereira conduziu as práticas errantes, consciente do fim do acontecer causal em direção ao resultado típico, sendo o senhor de toda realização típica descrita na exordial e chefe da Organização Criminosa”.
O MPF afirma que Reni “tinha o conhecimento e controle de todas as condutas ilícitas (...) como pagamento e recebimento de propina, desvio de recursos, fraudes em licitações e pagamentos para manter a rede de corrupção da organização criminosa e perpetuação no poder”.



Fonte em Gdia.com.br

Adelino de Souza / Freelancer
Foto: Roger Meireles/arquivo

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