O governo do Paraná assina, nesta quinta-feira (1º), a ordem
de serviço para dar início às obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, que
ligará Foz do Iguaçu à cidade paraguaia de Presidente Franco.
O Estado será responsável pela gestão das obras da segunda
ponte que, quando concluída, tornará a região de fronteira um "hub"
regional, permitindo o incremento de importações e exportações na América do
Sul.
A assinatura da ordem de serviço acontece 20 dias depois do
ato de apresentação do projeto da Ponte Internacional que ligará Carmelo
Peralta (Departamento de Alto Paraguai), a Porto Murtinho, no Mato Grosso do
Sul. Enquanto a ponte Foz-Presidente Franco será custeada pela margem
brasileira de Itaipu, a ponte ligando o Paraguai ao Mato Grosso do Sul será
financiada pela margem paraguaia da empresa.
As duas pontes representam um dos principais legados da
Itaipu para o desenvolvimento da América Latina e, em especial, para os dois
países sócios da usina, Brasil e Paraguai. As ligações fomentarão o intercâmbio
de produtos e novos negócios, principalmente entre o Brasil, o Paraguai, a
Argentina, o Chile e a Bolívia. Futuramente, as obras facilitarão também a
integração com outros países da região.
A construção da ponte entre Foz do Iguaçu e Presidente
Franco terá um custo previsto de R$ 448,6 milhões, incluindo, no lado
brasileiro, o acesso à BR-277 – a Perimetral Leste.
Pesquisa
De acordo com uma pesquisa encomendada pela Itaipu, a
segunda ponte representará um novo ciclo econômico para Foz e região.
De um universo de 800 pessoas entrevistadas, em todos os
bairros da cidade, 84% acreditam que a segunda ponte fomentará o
desenvolvimento local e regional. Boa parte dos entrevistados atribui essa
confiança à gestão do general Silva e Luna frente à Diretoria Geral Brasileira
de Itaipu.
Das pessoas ouvidas na pesquisa, 33% têm certeza de que a
obra vai sair e outros 42% têm ainda alguma dúvida. Outros 24% terão certeza
apenas quando a construção tiver início.
Com a nova ligação, quase 80% acreditam que haverá agilidade
no fluxo de pessoas e mercadorias entre os dois países. Já 85% disseram
concordar que o trânsito de veículos pesados será desviado do centro de Foz do
Iguaçu e apenas 9% disseram não concordar que haverá esta melhoria.
A mesma pesquisa mostra que o anúncio e o início de obras
estruturantes, como a segunda ponte, a Perimetral Leste, a ampliação do
aeroporto e a construção do viaduto na entrada da cidade deixaram 38% dos
entrevistados com muita confiança e 44% se mostraram mais ou menos reticentes
quanto à conclusão dos empreendimentos.
Em relação à participação da Itaipu no desenvolvimento
socioeconômico de Foz do Iguaçu, 54% consideram muito importantes; 31% dizem
que não faz diferença; 14% que é pouco importante e 2% não souberam responder.
Outra pergunta feita pela pesquisa, sobre se alguém da
família do entrevistado pretende ir embora de Foz do Iguaçu, 34% disseram
"sim" e outros 65%, "não".
Para os entrevistados, um dos grandes gargalos da fronteira
é exatamente a morosidade do tráfego na Ponte da Amizade, que vem se tornando
um transtorno causador de prejuízos econômicos e preocupações de segurança,
aliados à burocracia fiscalizatória, fatos confirmados na pesquisa.
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