O grupo de trabalho formado por profissionais do Governo do Estado para tratar dos projetos estruturantes da Ferroeste quer acelerar as iniciativas que ampliam o transporte ferroviário do Paraná. A proposta é construir mais mil quilômetros de ferrovias e dobrar o escoamento de grãos pelo ramal. O traçado atual da Ferroeste conta com 250 quilômetros de trilhos.
Os planos para um ramal ligando Cascavel a Foz do Iguaçu e para a nova Ferroeste, que inclui um traçado ligando Dourados (MS) ao Porto de Paranaguá, foram apresentados nesta terça-feira (25), no Palácio Iguaçu, na reunião do governador Carlos Massa Ratinho Junior com a equipe de governo.
“São projetos prioritários para melhorar a logística de transporte paranaense e consolidar o Estado como o grande produtor de alimentos do mundo”, disse Ratinho Junior. Os projetos, ressaltou o governador, farão parte do corredor bioceânico que ligará os portos de Paranaguá e Antofogasta, no Chile, que vai ampliar o escoamento da produção paranaense para a Ásia.
A apresentação na reunião foi feita por representantes do Grupo de Trabalho, que é formado por profissionais da Ferroeste, das secretarias da Infraestrutura e Logística, do Planejamento e do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, além da Governadoria e da Controladoria-Geral do Estado.
Atualizar – De acordo com o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves, há a necessidade de atualizar os estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e o licenciamento ambiental. Os projetos de ampliação da ferrovia já chegaram a ser feitos em 1999, mas como o plano não saiu do papel, os estudos estão desatualizados. “O que mais nos preocupa é o tempo, mas no espaço de três anos devemos começar a colocar os primeiros trilhos neste traçado”, afirmou Gonçalves.
A estratégia para acelerar a construção é tratar dos projetos separadamente e aproveitar o desenho já traçado do ramal ligando Cascavel a Foz, na região Oeste. O terminal férreo de Cascavel, que tem 1,6 milhão de metros quadrados e 14 empresas operando, transporta aproximadamente 800 mil toneladas de produtos por ano. A expectativa é dobrar este volume, incluindo também a produção paraguaia e do Centro-Oeste do País.
Já o segundo projeto busca dissolver o gargalo na descida da Serra do Mar para escoar a produção até o Porto. A estrada de ferro que está em operação foi construída em 1880 e inaugurada pelo imperador Dom Pedro II. “É uma estrada antiga e com muitas curvas. O conjunto locomotivo e de vagões precisa andar com pouca velocidade, existem várias restrições no traçado que limitam a operação”, explicou Gonçalves.
“Logística é basicamente tempo. Se tiver um traçado que diminui muito a velocidade não é possível colocar mais conjuntos de vagões para vencer este percurso, o que limita muito o volume de transporte de cargas”, salientou.
Fonte AEN - Assessoria Estadual de Notícias.
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